O terceiro paradigma se resume em reunir os que foram vencidos por seu ensino e construir sua realeza, o que significa dizer para eles quem eles são aos olhos de Deus, fazendo com que se vejam pelos olhos do Rei.
A filosofia emancipadora de Jesus é baseada em construir uma realeza, ativar em nós o seu mesmo poder e majestade. Isso se dava com afirmações recorrentes sobre quem seus discípulos eram aos olhos de Deus. Creio que uma grande parte do discipulado girava em torno de afirmações sobre quem eles eram na realidade divina.
Num dia comum, Jesus já estava com outros discípulos, em um lugar deserto, a hora já era avançada, mas uma multidão de pessoas permanecia perto dele para ouvir suas palavras de vida. “E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si. Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer. Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes” (BÍBLIA, Mateus, 14, 15-17). Jesus lhes disse que trouxessem o pouco que tinham.
“E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão. E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram dos pedaços, que sobejaram, doze alcofas cheias” (BÍBLIA, Mateus, 14, 19-20).
Os cinco pães e os dois peixes representam os recursos físicos, mas o pensamento glocal possibilitou que os recursos pequenos fossem potencializados.
Como no vale de ossos secos [de Ezequiel 47], o espírito veio dos quatro ventos [pensamento global] e soprou sobre um pequeno recurso que se tornou um grande exército. Os resultados narrados em Mateus 14:19-20 reforçam o fato de que, para Jesus, tudo é muito simples, e a estrutura enxuta para administrar muitas pessoas nunca foi um empecilho para Ele. “E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças. E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão” (BÍBLIA, Mateus, 14, 21-22).
É seguro afirmar que essa é uma lição necessária para irmos para “o outro lado”, para saltarmos de época. É difícil acreditar que um grupo tão reduzido de pessoas em uma cidade tão pequena como Jerusalém iniciasse uma revolução tão grande. “Quero apenas ter dinheiro para dar uma vida digna para minha família, pagar as minhas contas e não dever nada a ninguém”. Eis uma fala muito comum quando apresento a visão da Iniciativa ICD para as pessoas. A maioria ainda acredita que precisa de muita coisa, uma grande igreja que lhe ofereça uma grande estrutura para que se tenha a possibilidade de trabalhar integralmente para Deus. Querem um ministério que não inclua passar por situações em que as pessoas nos vejam com poucos recursos.
Inicialmente, também pensei assim. Eu ainda tinha uma revista chamada World Gospel News e considerava que só poderia viver meu verdadeiro chamado quando fosse um líder religioso que recebesse um salário fixo de uma igreja. Eu supunha que a abundância estava fora de mim, o que foi um engano que me aprisionou em dívidas e insucessos, que me cegou para os meus reais recursos do céu. Então, tive a oportunidade de usar a iniciativa ICD, e Ele teve de mim tudo o que podia ter.
Imediatamente, percebi como utilizaria a iniciativa para navegar nas águas do novo mundo. Levaria comigo poucos recursos físicos, mas preencheria minha mente com bons filmes e livros que resultam da mente de pessoas que tiveram suas vidas mudadas. Sim. A visão de mundo de outras pessoas inventa o nosso amanhã. Faz-nos pensar [sempre] no que temos em vez de pensar a respeito do que ainda não conseguimos. Jesus pensava assim, por isso o futuro irrompeu em nossa realidade presente quando Ele esteve aqui. Aprender a viver em uma estrutura enxuta não é algo de que gostamos. A maioria odeia isso, pois não fomos ensinados a entender plenamente o princípio de ser fiel ao pouco para ser colocado no muito (veja Mateus 25:21).
A fidelidade, na Bíblia, tem muito a ver com a administração que nos foi confiada, mas poucos realmente percebem isso. Enquanto outros pensam em receber, nós pensamos em dar. Apreciamos a abundância de riqueza que já temos e compartilhamos imagens daquilo que estamos alcançando dia após dia. Assistimos ao que Deus está fazendo e nos unimos a Ele. Aproveitamos o fluxo de sua riqueza e não corremos atrás dela. Não disputamos quem é o maior. Esforçamo-nos para ler Seus sinais e seguir melhorando a vida das pessoas.
Tudo isso acontece em cada crente que se estabelece nos dois paradigmas de que já tratamos acima e, como amigos do Espírito Santo, Ele nos comunica quem as pessoas são aos olhos do Rei Eterno e é isso que anunciamos às pessoas ao nosso redor. Uma nova dinastia emerge não mais preocupada com os cuidados desta vida, mas focadas na nova vida.
Esses paradigmas são amplamente aprofundados no meu livro A Visão Igreja.
Na Uni Iniciativa ICD [Nossa Universidade] você pode ter acesso ao Plano Domínio e desenvolver sua vida neste paradigma.